O que é Dermolipectomia Abdominal?

A Dermolipectomia Abdominal é um procedimento cirúrgico que consiste na retirada de uma determinada quantidade de pele e gordura do abdome mantendo a proporção do tronco para se alcançar o resultado estético almejado.

Perguntas Frequentes

Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas sim as proporções que o abdome mantenha com o restante do tronco e os membros.

Paradoxalmente, os abdomes que apresentam os melhores resultados estéticos são justamente aqueles em que se fazem as menores retiradas.

Assim é que a maioria das mulheres apresenta certa “flacidez” do abdome após um ou vários partos, com predominância de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região. Estes casos nos permitem excelentes resultados. Em outros casos, em que o paciente está com o peso acima do normal, o resultado também será compensatório e proporcional ao restante do corpo; entretanto, vale a pena lembrar que excesso de gordura em certas regiões vizinhas do abdome ainda existirão, o que nos leva a aconselhar àquelas que assim se apresentem a prosseguir com o tratamento clínico ou fisioterápico, para equilibrar as diversas partes entre si.

A cicatriz resultante de uma dermolipectomia localiza-se horizontalmente logo acima da implantação dos pelos pubianos, prolongando-se lateralmente em maior ou menor extensão, dependendo do volume do abdome a ser corrigido. Esta cicatriz é planejada para ficar escondida sob as roupas de banho (há casos mesmo em que a própria “tanga” poderá ser usada), e infalivelmente passará por vários períodos de evolução, como se segue:

  • PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto excelente e pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
  • PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia ao 12º mês. Nesse período, haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança na tonalidade da sua cor, passando do “verme- lho” para o “marrom”, que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

Na resposta anterior, fizemos algumas ponderações sobre a evolução da cicatriz. Resta-nos ainda acrescentar algumas observações sobre o novo abdome, no que tange a sua consistência, sensibilidade , volume,etc.

Nos primeiros meses, o abdome apresenta uma insensibilidade relativa, além de estar sujeito a períodos de “inchaço”, que regride espontaneamente.

Nessa fase, poderá ficar com aspecto de “esticado” ou “plano”. Com o decorrer dos meses, tendo-se iniciado os exercícios orientados pela modelagem, vai-se gradativamente atingindo o resultado, entre 12 e 18 meses de pós-operatórios.

Não, o seu próprio umbigo será transplantado e, se necessário, remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo haverá uma cicatriz que sofrerá a mesma evolução da cicatriz inferior (descrita no item anterior). Pelo fato de ser uma cicatriz circular, em alguns casos a evolução poderá não ser a-quela que se deseja, dando como resultado um aspecto “artificial”. Isto acontece em decorrência da anomalia na evolução cicatricial em algumas pacientes, o que, entretanto, é passível de correção, mediante “retoque” sob anestesia local, após alguns meses.

Nem sempre. Isso depende do tipo de tronco (conjunto tórax + abdome). Se ele for do tipo curto, dificilmente será corrigido. Sendo do tipo longo, o resultado será mais favorável. Também tem grande importância, sob este aspecto, a espessura do panículo adiposo (gordura que reveste o corpo).

Dependerá exclusivamente de seu próprio manequim. É claro que os decotes inferiores mais “generosos” ficarão por conta dos casos em que os resultados sejam mais naturais. Lembre-se que o bisturi do cirurgião apenas aprimora suas próprias formas, que poderão ser melhoradas ainda mais, com cuidados de uma esteticista ou fisioterapeuta, após o 1° mês pós-operatório.

O seu ginecologista lhe dirá da conveniência ou não de uma nova gravidez. Quanto ao resultado, poderá ser preservado, desde que na nova gestação seu peso seja controlado por aquele especialista. Aconselhamos, entretanto, que tenha todos os filhos programados antes de se submeter a uma dermolipectomia abdominal.

Não. Uma dermolipectomia de evolução normal não deve apresentar dor. O que existe é um grande equívoco por parte de certas pacientes, que são operadas simultaneamente a cirurgias ginecológicas associadas à dermolipectomia, e relatam por isso dores pós-operatórias.

Nem todos os cirurgiões costumam recomendar essa associação de cirurgias, por constituírem certo risco operatório, além de apresentarem inconvenientes como dores e resultados menos favoráveis.

Raramente, a cirurgia de dermolipectomia traz complicações sérias. Isto se deve ao fato de se preparar adequadamente cada paciente, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia simultaneamente à outras. O perigo não é maior nem menor que uma viagem de avião, ou de automóvel, ou mesmo o simples atravessar de uma rua.

Anestesia geral, peridural alta, raqui ou local, com sedação assistida. Depende do caso.

Em média 2 horas e 50 minutos.

Geralmente de um a dois dias.

Sim. Curativos elásticos especiais, (modeladores) trocados a cada dia (os dois primeiros curativos). Posteriormente, apenas curativos periódicos, adaptados a cada tipo de mama.

Com a tecnologia da sutura intradérmica absorvível, não há pontos para serem retirados. Os do umbigo são retirados em média aos 21 dias.

Após as primeiras 24 horas.

Até atingir o resultado almejado, diversas fases são características deste tipo de cirurgia. (veja item 2, sobre evolução cicatricial).

No item 3, respondemos sobre a evolução da forma do abdome, bem como a sensibi-lidade, consistência, etc. Entretanto, poderá lhe ocorrer alguma preocupação no sentido de “desejar atingir o resultado final antes do tempo previsto”. Seja paciente, pois seu organismo se encarregará de dissipar todos os transtornos intermediários que, infalivel-mente, chamará atenção de algumas de suas amigas, que não se furtarão à observação: “Será que isto vai desaparecer mesmo?”

É evidente que toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser-nos transmitida. Daremos os esclarecimentos necessários para sua tranquiilidade. Em tempo: em algumas pacientes ocorre uma certa ansiedade nesta fase, decorrente do aspecto transitório, (edema, insensibilidade, transição cicatricial, etc). Isto é passageiro e geralmente reflete o desejo de se atingir o resultado final o quanto antes. Lembre-se que nenhum resultado de cirurgia de abdome deverá ser considerado como definitivo dos 12 aos 18 meses. Em caso de pacientes muito obesas, poderá ocorrer, após o 8º dia, a eliminação de razoável quantidade de “líquido amarelado” por um ou mais pontos da cicatriz. Este fenômeno, chamado de lipólise, nada mais é que a liquefação da gordura residual próxima à área da cicatriz que está sendo eliminada, sem que isso venha a se constituir complicação. Temos recursos para evitar que esse vazamento venha a ocorrer em situações inoportunas.

Recomendações Pré-Operatórias

1. Comunicar-se conosco até dois dias antes da operação em caso de gripe, indisposição ou antecipação do período menstrual.

2. Internar-se no hospital indicado, obedecendo ao horário previamente marcado.

3. Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito indigestas na véspera da cirurgia.

4. Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer de que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de dez dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também os diuréticos.

5. Programar suas atividades sociais, domésticas ou escolares, de modo a não se
tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente duas semanas.

Recomendações Pós-Operatórias

1. Evite esforços nos 21 primeiros dias.

2. Levantar-se tantas vezes quanto lhe for recomendado por ocasião da alta hospitalar, obedecendo aos períodos de permanência sentada, assim como evitar ao máximo escadas longas.

3. Evite molhar o curativo, até que seja autorizada a fazê-lo.

4. Não se exponha ao sol ou friagem, por um período mínimo de três semanas.

5. Andar com ligeira flexão (curvada) do tronco e manter passos curtos, por um período de oito dias.

6. Siga rigorosamente as prescrições médicas.

7. Volte ao consultório para curativos subsequentes e controle pós-operatório nos dias e horários estipulados.

8. Consulte esta página de Perguntas Frequentes quanto à evolução pós-operatória, tantas vezes quanto necessário.

9. Provavelmente, você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que foi operada recentemente. Cuidado! Esta euforia pode levá-la a fazer esforços prematuros, o que determinará certos transtornos.

10. Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire conosco suas eventuais dúvidas.

11. Alimentação normal. Seguir orientações médicas.

12. Aguarde para fazer sua dieta ou regime de emagrecimento, após a liberação médica. A antecipação desta conduta por conta própria, poderá determinar consequências difíceis de serem sanadas.